Perguntas e Respostas

Dançando com o Capeta

Copa do Fundo 2010

Besta é quem compra!

Bertone Bestone

Dia e Noite [parte 1]

Dia e Noite [Parte 2]

Dia e Noite [Parte 3/Final]

Evangelho segundo Samael

O choro do Papa

Rio é Rio ou é Lagoa?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Muitas Novidades (19/08/2010)

Boa tarde pecadores!


As últimas semanas foram corridas aqui no Inferno. Tivemos muitos imprevistos neste meio de ano, inclusive com o aumento repentino de almas que chegaram aqui nas profundezas. O número de caídos superou as expectativas, fazendo com que nós tivéssemos que improvisar alguns acampamentos provisórios, até conseguir acomodar todas as almas condenadas. Andei refletindo algumas noites e cheguei à conclusão que apesar de toda esta desordem, há um lado positivo nisso tudo. Se durante as férias do meio de ano (pensem em um âmbito global) as pessoas estão aproveitando para pecar mais, é um bom sinal. Pelo menos para mim é uma ótima notícia. Inclusive, já estou com um projeto para ampliar os limites do Inferno, afinal, as pesquisas indicam que a cada ano receberemos mais e mais pecadores.

Como se não bastasse a superlotação infernal, tivemos também o dia do advogados. Este sim foi um dia cansativo para mim. Entrar em contato e visitar todos os meus advogados não foi fácil, afinal, de advogado do Diabo o mundo está cheio não é mesmo? Não é do meu feitio fazer sala para ninguém, mas interpretem esta minha empreitada diplomática como uma jogada estratégica. Manipular a lei dos homens é fundamental para manter a desordem.

Falando em desordem, com toda esta correria, acabei não dando um infeliz dia dos pais para o barbudão. Ultimamente ele anda tão nas nuvens que acho que nem percebeu.

Bom, exatamente daqui 10 minutos tenho uma reunião com a equipe de marketing, e, portanto, não poderei demorar mais aqui. Estamos bolando uma surpresa para vocês aí da superfície. Aguardem as eleições e verão... 

Tenham um péssimo final de dia.

Abraços abrasivos!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Crônicas de Lillith: Em nome da honra (07/07/2010)

Como sempre, ao acordar, temos a sensação de que nunca dormimos o suficiente, e que ficar mais alguns minutos na cama não faria mal algum. Mas o mundo lá fora ferve enquanto permanecemos inertes em nossos aposentos, e o que o tempo deixa para trás, raramente é resgatado.


Segundos após eu abrir meus olhos e contemplar a noite que já estava em seu auge, observei o pequeno despertador que parecia vigiar atentamente o quarto, bem do alto de seu criado-mudo. Durante alguns segundos pensei em como seria o amanhecer ensurdecedor que aquele curioso dispositivo traria. Talvez, se não fosse tão irritante, não acordaria ninguém, portanto, considerei como sendo um mal necessário. Na verdade, curiosamente, sempre acordo antes do despertador tocar, portanto, creio que não precisarei de um tão cedo.

Levantei-me aos poucos, deixando que os lençóis de seda escorregassem lentamente pelo meu busto nu até que percorressem delicadamente cada parte do meu corpo, saboreando meus quadris e morrendo em minhas pernas. Ao olhar para o espelho na parede, deparei-me com uma bela jovem de cabelos ruivos e levemente anelados e de lábios vermelhos. Seus olhos acinzentados me fitavam fixamente, e não se intimidavam diante daquele corpo despido que timidamente entrara em seu campo de visão. Seus traços finos e suaves moldavam uma face digna de uma bela pintura, e sua pele alva, apesar de clara como a neve, era quente como brasa. Enquanto eu apreciava meu reflexo no espelho, um vento frio entrou repentinamente pela janela, eriçando todos os pelos do meu corpo, entretanto, não foi capaz de acordar a bela jovem que dormia ao meu lado. Seus longos cabelos lisos e negros se espalhavam suavemente pelos lençóis, e sua pele morena contrastava com o branco gélido da roupa de cama. Seus lábios carnudos repousavam graciosamente no travesseiro, convidando os meus a se juntarem novamente em mais uma aventura. Mas deste convite eu já havia aceitado, e não costumo traçar um caminho já percorrido.

Silenciosamente, andei pelo quarto em busca das minhas peças de roupas espalhadas pelo chão. Em meio aos passos leves pelos quais eu flutuava pelo decorado quarto, me deparei com um colorido mural de fotos. Observei durante alguns minutos todo o conjunto de imagens felizes e alegres, as quais, na maioria das vezes, carregava em suas molduras a jovem adormecida, de pele morena, ao lado de um rapaz alto e loiro. Mas foi uma foto em especial que me chamou mais a atenção. Apesar de pequena, uma foto pode dizer mais do que se imagina, e aquela em particular, era um livro com muitas páginas, prestes a serem queimadas e esquecidas no tempo. O jovem loiro e alto estava fardado, e pelos adereços que pendiam em sua farda, conclui que além de militar condecorado, o rapaz trazia em seu sorriso um certo ar de orgulho, como se aquele fosse mais um objetivo conquistado. Ao seu lado, de pé, estava a bela morena de lábios carnudos, que talvez, estivesse realizando seu maior sonho. De véu e grinalda, aquela mulher de traços firmes e sensuais mais parecia uma criança que acabara de ganhar seu presente de natal, de tão feliz que parecia estar. Lágrimas de felicidade estavam retidas em seus grandes olhos negros, e talvez retidas permanecessem, pois creio que a vaidade não permitiria que a maquiagem fosse estragada em um momento tão especial. Definitivamente, um belo casal. De um lado um militar condecorado, orgulhoso e honrado, do outro, uma mulher sonhadora, vaidosa e ávida por construir um lar.

Não demorei muito e deixei o mural de fotos para trás, e, já com todas as peças de roupas nos braços, sentei-me levemente na cama, a fim de não acordar a bela adormecida. Delicadamente peguei minha lingerie negra, e, subindo-a pelas minhas pernas, fiquei de pé para que se encaixasse perfeitamente em meus quadris. Logo depois vesti a meia 5/8, prendendo-a nas alças finas que desciam da minha cintura. Ainda de pé, vesti a parte de cima da lingerie. Minutos depois eu já estava pronta. Em frente ao longo espelho da parede, fitei novamente a mulher ruiva de olhar penetrante. Seus longos cabelos anelados já não mais pendiam em seu busto nú, pois este agora estava coberto por um vestido justo e negro como a noite. Deixando os ombros e as costas à mostra, o curto vestido seguia perfeitamente as curvas do seu corpo, terminando delicadamente na altura em que a meia, também negra, terminava. Seus lábios vermelhos estavam ainda mais intensos com o batom que acabara de passar, e logo após se contemplarem diante do espelho, se contraíram em um leve sorriso, doce e cruel.

Prestes a deixar os aposentos, retirei de minha bolsa um pequeno cartão do consultório no qual a bela morena trabalhava, e, atrás dele, escrevi em letras arredondadas: “A noite foi maravilhosa. Talvez a melhor de todas... espero que não seja a última. Com amor, Lillith”. Finalizei a mensagem dano um beijo no verso do cartão, logo abaixo da mensagem, deixando marcados em vermelho os lábios em forma de beijo. Deixei o cartão no criado mudo, logo ao lado da delicada aliança de ouro da adormecida morena, que durante a noite, fiz questão de tirar sem que ela percebesse. Ainda dentro do quarto, tirei meu perfume da bolsa, e borrifei algumas vezes em meu pescoço. Abri lentamente a porta do quarto, e antes de fecha-la, fitei morena de lábios carnudos que dormia nua e tranquilamente em sua cama. Às vezes eu me surpreendo com a carência dos seres humanos. Nada os satisfaz por completo, e tudo não basta para preencher este vazio. É uma pena que uma mulher não nova e bonita, que estava começando a traçar sua própria história, fosse tão carente e fácil de ser seduzida. Fácil como qualquer outra pessoa.

Enquanto deixava o aconchegante apartamento, me deliciei imaginando o que aconteceria quando o dia amanhecesse. Provavelmente o jovem militar, cansado do seu trabalho noturno, chegaria em casa louco para encontrar sua esposa, que ainda estaria dormindo, pois seu despertador não iria funcionar tão cedo. Entretanto, o maridão notaria que algo estava errado. O cheiro doce que vinha de seu quarto não era semelhante a nenhum perfume que sua esposa já usara, e ao adentrar no cômodo, encontraria sua mulher nua, sem aliança, e com um estranho bilhete deixado no criado mudo. Os homens se gabam pelos erros que cometem, mas não perdoam os erros de suas mulheres, e aquele rapaz, definitivamente não perdoaria, pois sempre colocou sua honra em primeiro lugar, uma vez que foi educado e condicionado a isso, afinal, para ser um militar condecorado, são necessários anos de serviço às forças armadas. Para sua mente estreita e cheia de pré-conceitos, ser traído só poderia ser pior do que ser traído com outra mulher. Talvez ele perdesse a cabeça antes mesmo de sua esposa despertar, ou não, poderia perder a cabeça depois de uma longa discussão. A única certeza que tenho é que não só lágrimas serão derramadas nesta manhã. Mais uma história havia terminado em um fim trágico, e talvez não só uma, mas duas vidas também encontrariam o final da estrada naquele dia que nascia. Só de imaginar tudo isso senti um frio na espinha, mas não de medo ou de tristeza, e sim de satisfação, de alegria, de excitação. Um sorriso cruel despontou em meus lábios cor de fogo.

Já fora do edifício, que nas horas seguintes seria palco de mais uma manchete sangrenta nos jornais do dia, continuei caminhando pelas ruas desertas que só as madrugadas conseguem desenhar com louvor. A lua coroava a noite fria e estrelada, iluminando timidamente a cidade que despertava. Olhei para a direita, contra o vento frio que soprava do mar. No horizonte, um feixe vermelho vivo manchava sombriamente as águas, formando uma espécie de divisa entre o céu e o mar. Em menos de uma hora o sol começaria a despontar, avermelhando mais ainda as águas durante o amanhecer. Meus olhos faiscaram em um misto de fogo e maldade, e ainda com um sorriso sombrio nos lábios, segui meu caminho, sumindo em meio aos cruzamentos e esquinas.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Vuvuzelas do Inferno! (06/07/2010)

Boa tarde pecadores!


Nem muito animado com a Copa do Mundo não é? Afinal, os últimos jogos não saíram como o esperado, e mais uma vez muitas pessoas se decepcionaram com o futebol. Mas... nem tudo está perdido.

Antes de tudo, gostaria de parabenizar vocês brasileiros por viverem em um país tão bonito e tão diversificado, tanto em relação à natureza quanto à cultura. Neste momento, estou aqui nos lençóis maranhenses passeando e apreciando a paisagem... do alto... do alto... bem do alto das costas de um jegue. Acredite se quiser, o diabo também gosta de viajar, e mesmo que esta cena lhes pareça um tanto inusitada, me disseram que este era o meio de condução mais tradicional da região. Fazer o quê não é?

Bom... acabei de lançar um produto que está arrebentando no Inferno. Vende mais do que alma virgem. Na verdade, não posso negar que a Copa do Mundo na África me inspirou bastante. Como eu poderia deixar passar em branco as vuvuzelas? Aquele som insuportável pelo menos me serviu de inspiração. Acabei de inventar a Vulvadela! Mas infelizmente não irei expandir as vendas para o mercado humano. esta "iguaria musical" ficará restrita aos domínios das profundezas.

Devo admitir que não é tão fácil assim manusear a Vulvadela, e talvez também não seja muito atraente à primeira vista, mas depois de descobrir seus "macetes", a Vulvadela o conquistará de imediato. Pode acreditar. Se você souber usar, garanto será fantástico.

Já pensei também em criar um manual para os marinheiros de primeira viagem, mas isto é só um plano. Não estou pensando em colocar esta ideia em prática... ainda!

Só me faltava esta, o Dunga empacou. Não anda... e agora? Terei que continuar a pé? Olha que ainda me garantiram que dos 7 burros, este aqui era o melhor hein!!! Além de burro é atrevido. Eu mereço...

Bom... vou após mandar esta criatura estúpida para o Inferno logo de uma vez, irei continuar minha viagem a pé. Até que vai ser interessante. Até mais, e fiquem com o capeta!

Abraços abrasivos!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Copa do Fundo (16/06/2010)

Boa tarde pecadores! Como vão? Torcendo muito na Copa do Mundo?


Aqui no Inferno as coisas também estão quentes (como se não fossem antes), pois a Copa do Fundo está agitando as multidões nas profundezas... ou vocês achavam que no Inferno também não gostamos de esportes?

É claro que a preferência aqui não é futebol. Gostamos muito de "Arremesso de almas" e "Jogo dos 7 pecados", mas quando chega a época da Copa do Fundo, o futebol tem seu lugar. As diabinhas então, nem se fala, além de balançar os pompoms na arquibancada, adoram balançar o rabinho, a fim de fisgar algum jogador endiabrado.

Mas o que mais me surpreendeu foi a alegria dos nazistas aqui no Inferno quando a Alemanha, aí na superfície, goleou de 4 a 0. Hitler então, parecia criança. Pulou, correu, gritou, discursou, enfim, fez a festa. Diz ele que desta vez ninguém irá parar a Alemanha!

Não só ele, mas seu capacho Mussolini também vibrou com a vitória alemã. Mas hoje o clima já não está tão bom. Mussolini está triste porque a Itália empatou com o Paraguai. Mas o mundo dá voltas não é? Dá tantas voltas que desta vez foi parar na África. Quem sabe ainda vejo a italianada feliz?

Eu também entrei no ritmo da Copa. Já pintei meu tridente e preparei as bandeiras. Hoje, aqui nas profundezas, teremos muitos jogos ainda.

Boa sorte para vocês aí em cima, e cuidado para não infartar, pois nossa recepção está funcionando apenas com 50% dos empregados. Nem aqui o povo trabalha em época de Copa...



Abraços abrasivos!

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Dançando com o Capeta (04/06/2010)

Hoje vou contar um pouco das minhas aventuras no mundo terreno, onde vocês, pecadores, vivem suas curtas vidas.


Já passei por várias cidades do planeta, das mais conhecidas às mais esquecidas, conheci pessoas diferentes, costumes diferentes, crenças diferentes, e até, quem diria, pecados diferentes. Viajando e aprendendo cada vez mais sobre os humanos, começei a conhecer mais sobre a criação do que seu próprio Criador a conhecia. Presenciei grandes guerras, grandes conflitos e históricas revoluções. Acompanhei vidas que se perderam e amores que se acharam. O mundo todo passou a caber na palma de minha mão, e cada vez mais eu consegui desvendar os mistérios da alma humana.

Mas, durante estas minhas jornadas, é óbvio que eu aproveitei e me diverti com os habitantes das diferentes regiões que eu visitava. Claro, sempre com discrição, para manter o anonimato. Na antiguidade, das mais notáveis aventuras, posso citar os fartos banquetes na Grécia, e as luxuosas orgias em Roma. O clima mediterrâneo me agrada, e claro... as mulheres de lá também. Durante a Idade Média, participei de várias danças de rodas, tanto com os camponeses quanto com os nobres, e vou lhes contar uma coisa: as rodas camponesas sempre eram muito mais alegres, eu dançava muito mais. Não havia problema em ser feliz, e claro, nem em pecar.

Mas foi em uma das minhas visitas mais recentes às Américas que por um descuido meu, eu praticamente acabei com a festa.

Era uma noite fria no hemisfério sul, e decidi esquentar um pouco as coisas. Procurei por diferentes locais, buscando achar algo que me agradasse, algo que me atraísse, e foi em uma pequena cidade em Minas Gerais, no Brasil, que eu finalmente achei o que estava procurando: Venda Nova. O cheiro perfumado das mulheres pairava no ar como uma névoa, o que me agradou bastante. Observei de longe o movimento das pessoas, todos com sede de provar novas sensações, novos sabores, novos pecados. Após observar mais um pouco as belas donzelas que adentravam no edifício, decidi adentrar no recinto e observar de perto o que estava acontecendo.

Um pequeno corredor me levou a uma espécie de bar, onde uma música de ritmo animado tocava alto. Era só olhar ao redor que eu podia notar o desejo de pecar nos olhos de cada um. Era um lugar quase perfeito. No meio do ambiente, em uma espécie de pista de dança, várias pessoas dançavam ao ritmo do samba, e não demorei muito para mostrar meus talentos.

Ajeitei o chapéu e me direcionei à mais bela das mulheres que ali estava. Encostada em uma pilastra, seu vestido curto me convidava para uma aproximação mais quente, mais ousada. Seus longos cabelos negros deslizavam como seda pelos seus ombros nus. Cheguei mais perto, e já frente a frente com a donzela, olhei-a nos olhos fixamente. Seus lábios arderam em desejo. Tirei-a para dançar, e a noite passou como um piscar de olhos. Apesar de eu conhecer todos os ritmos musicais que a humanidade já criara, aquela donzela não ficava para trás. A cada passe ousado meu, ela acompanhava com leveza e sensualidade, como se dominasse perfeitamente, assim como eu, todos os ritmos que tocaram naquela noite. O samba foi apenas a entrada, na qual eu pude me apresentar melhor àquela bela mulher, mas foi quando o forró ecoou pelo salão que eu pude, finalmente, mostrar um pouco mais do que o Diabo sabe fazer. Enquanto dançávamos, a multidão se aglomerou à nossa volta, fazendo uma espécie de roda, e todos passaram a admirar como nossos corpos se moviam com leveza e rapidez, unidos como um só. Entretanto, quando os lábios da donzela, já rosados de desejo, estavam prontos para saciar sua sede nos meus, uma pessoa gritou.

Na mesma hora a música parou. Olhei em volta e percebi que todos os olhares se fixavam em mim. Eu havia deixado meu chapéu cair, deixando meus longos chifres à mostra. Os olhos apaixonados da mais bela mulher da noite agora estavam repletos de medo, e em poucos segundos o caos inundou o salão. Nem pude me despedir da donzela, e às pressas, tive que deixar o local. Com meu chapéu de volta à cabeça, me misturei à multidão e corri para a saída. Já fora do salão, quase a um quarteirão de distância, pude apenas observar o letreiro de um dos lugares em que eu mais havia me divertido: "Baile do Vilarinho".

É caro pecador... nem sempre se ganha...

Abraços abrasivos!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Plantando Maio (25/05/2010)

Você, caro pecador, já teve a honra de ter um Maio plantado em sua homenagem?


Não entendeu? Tudo bem... vou explicar melhor.

Estes dias eu estava lembrando dos bons momentos que passei infernizando a humanidade durante todos estes séculos que se passaram, e me deparei com uma lembrança muito curiosa.

Por volta do século XV, na Europa, especialmente na região da França, era comum plantar uma Árvore de Maio em sinal de respeito, honra, ou afeto a alguém. O costume ganhou força na época, e os rapazes apaixonados começaram a também "plantar" uma Árvore de Maio em frente à casa de suas amadas em sinal de amor. Neste caso, eles não "plantavam" realmente... apenas penduravam ramos e galhos da Árvore de Maio decorados com flores e, claro, com o nome da amada.

Enfim... enquanto os enamorados rapazes penduravam seus "Maios" em frente às casas das donzelas,  eu as seduzia e acabava arruinando todo o lindo romance que pairava no ar. É claro que a minha intenção era das piores... digo, das melhores. Livrei muitas mulheres do divino tanque de roupas sujas e do sacramentado fogão à lenha.

Além disso tudo, as Árvores de Maio também eram palco de grandes festas, nas quais as moças e rapazes dançavam ao seu redor no embalo da música. Eram as "rondas de Maio". Até eu arrisquei dançar um pouquinho com os cidadãos locais... afinal, naquela época, a gula e a luxúria reinavam, e incentivar cada vez mais a prática dos sete pecados é sempre saudável.

Como se não bastasse o lado "ecológico" do Maio, não podemos nos esquecer da sua mais corriqueira atribuição: o mês de Maio.

Como se não bastasse ser o mês das mães, maio também é o mês de Maria, mãe de Jesus Cristo. Isto mesmo. Aproveitaram que Maria também foi mãe, e, unindo o inútil ao desagradável, decidiram nomear o mês de maio como "mês da Virgem Maria", que aliás, de virgem não tem nada, ou vocês acham que Deusão é besta?

Bom, tenho que ir agora, parece que está tendo uma confusão lá na portaria do Inferno... vou lá checar e colocar desordem na casa.

Abraços abrasivos!


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Projeto 2012 (24/05/2010)

Boa tarde pecadores...


Esta semana que passou foi cansativa para mim. Tivemos uma série de reuniões a respeito do "Projeto 2012". Durante vários dias discutimos o que seria realmente feito neste ano, e acabamos por fazer um retrospecto de algumas datas importantes que não deixamos passar em branco.

A primeira grande obra foi a Maçã de Eva. Como sabem, não foi uma criação direta minha... pois foi o Poderosão quem a criou efetivamente. Mas a idéia de semear um pouquinho de maldade em todo aquele mar de bondade que era o Paraíso foi idéia minha, e confessem, valeu a pena não valeu? Se não fosse aquela maçãzinha vermelha ainda estariam todo nus (sem sacanagem, no mau sentido) dormindo embaixo de árvores e sem seus amados computadores. Tedioso não?

Podemos considerar um outro grande feito a Peste Negra. Nossa EEGI (Equipe de Engenharia Genética do Inferno) ganhou gratificações pelo feito. Não por terem conseguido dizimar 1/3 da população européia (longe disso), mas por ter conseguido criar uma moléstia quase perfeita. Serviu de base para o "produto final", que está sendo preparado para o dia do Juízo Final. Lembro como se fosse hoje... a cada dia que se passava lotes e lotes de almas recém-caídas chegavam à nossa porta, ansiosas por conhecer o novo lar.
Apesar de todo seu potencial o vírus Ebola não deu bons resultados. Pelo menos não tanto quanto esperávamos. Na verdade não era nem para ele ter escapado do Inferno naquela época. Era apenas um experimento. Ainda bem que ele foi parar lá naquela caverna da África... se tivesse caído em um grande centro urbano aí sim as coisas iriam esquentar.

De lá pra cá a EEGI veio trabalhando intensamente para chegar a um "produto" perfeito, que atinja todas as classes e consiga infectar o maior número de consumidores quando chegar a hora certa. Afinal, temos a globalização a nosso favor!

No mais, não posso oferecer mais detalhes... pelo menos por enquanto. Não posso estragar a festa. Mas fiquem tranquilos, que o mundo não irá acabar em 2012... não totalmente...

Abraços abrasivos! Tentem se manter vivos até lá ou perderão a surpresa!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Besta é quem compra (14/05/2010)

Boa tarde pecador...


Estive meio ausente do blog estes dias devido ao aumento de tarefas pendentes aqui no Inferno. Mas, como sempre, não vim de mãos abanando e irei compartilhar algumas novidades com vocês.

Não tivemos grandes mudanças estes dias que se passaram aqui no Inferno. Continuamos apenas mantendo o ritmo diário de trabalho, interferindo indiretamente nas relações diplomáticas entre as nações do Oriente Médio, corrompendo algumas almas, checando e organizando o fluxo matinal de caídos, enfim, nada de novo, exceto pela pequena greve nos portos na África do Sul que eu incitei. A propósito, não tem dedo meu na Tailândia, só para deixar claro.

A Copa do Mundo 2010 está aí, e eu não poderia deixar passar em branco, afinal, não é todo ano que se tem a oportunidade de atingir várias nações de uma vez só. E para isso, nada como uma boa greve para começar a trazer o caos. Com toda esta movimentação e preparativos para a Copa, os trabalhadores ficaram sobrecarregados, cansados... momento ideal para eu aproveitar e dar asas aos sentimentos de revolta que estavam dormentes em cada alma de cada trabalhador.

Mas meu grande trunfo não é este. Meu grande trunfo, na verdade, já foi implementado há eras atrás, mas agora, com o consumismo fervendo no sangue da humanidade (ainda mais durante uma Copa do Mundo), ele está dando resultados como nunca dera antes!

Meu grande trunfo é o número 666!!

Você deve estar se perguntando... como assim? Oras... em todo lugar. Eu estou representado em todos os lugares, em todos os produtos, em todas as ofertas, em tudo que se faz, que se compra e que se consome. Ainda não descobriu? Ok... vou explicar melhor.

Tudo começou em 1948, quando os estudantes Bernard Silver e Norman Woodland começaram a trabalhar em um sistema de identificação de produtos, que conhecemos hoje como códigos de barra (mas ainda diferente do que temos hoje). Bom, o código de barras em si não era nada, até que eu, muito esperto, à modéstia parte, vi nele uma grande chance de ampliar meus domínios.

Em 1974, consegui fazer com que um comitê formado pela National Association of Food Chains (NAFC) fizesse uma pequena reforma no sistema original, inserindo linhas verticais no código (assim como o temos hoje). Até aí nada demais certo?

A minha grande jogada não foi apenas participar do comitê, mas foi, através dele, inserir o que eu chamei de "toque-final", mais conhecido por vocês humanos como "linhas-guia". Apesar da idéia das linhas verticais ser simples e prática, ficou faltando algo no código de barras, algo que indicasse seu início, meio e fim. E foi aí que eu dei meu toque final. Cada número no código de barras é representado por um arranjo de linhas verticais, que são divididas em dois grupos (duas metades) pelas três linhas-guia (uma no início, uma no meio, e uma no fim do código), sendo que cada uma tem o mesmo formato do número 6!! Logo, todo código de barras traz nele, obrigatoriamente, meu número, o 666.

Mas não para por aí. Do código de barras para as promoções e ofertas foi um pulo. Quem nunca viu um "Oferta: R$ 9,99!!!" na prateleira de algum supermercado ou um "Por apenas R$ 999,00" na etiqueta de alguma loja de eletrodomésticos? É só inverter verticalmnte o preço que teremos meu número. E olha que minha equipe de marketing está com projetos ainda mais ousados para implementar minha marca.

Até a bíblia tem seu código de barras nas livrarias...

Abraços abrasivos aos consumidores de todo o mundo!

"E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na fronte, para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis." Apocalipse 13:16-18

sábado, 8 de maio de 2010

Dia e Noite [Parte 3/Final] (08/05/2010)


O

s dias que sucederam à chegada dEle voltaram a ser o que eram antes. Eu continuei a ser Lúcifer, a ser o Príncipe Regente. Todas as atividades foram retomadas, e tudo havia voltado ao ritmo habitual.

Deus se ausentara novamente, logo após seu aviso, sua ameaça. Sua atenção estava focada em algo novo, em algum canto longínquo da eternidade. Local este que eu só vim a conhecer eras mais tarde.

Deus havia concluído sua nova criação, e nós, anjos, conseguíamos observar seu lampejo distante cintilar no horizonte da Cidade de Prata. Ele a nomeou de Universo. Todos nós um dia viríamos a conhecer explorar todos os limites da nova criação. Mas eu... eu faria diferente... eu iria fazer daquele Universo o meu próprio Universo. E nem Ele seria capaz de me impedir.


Imagine uma chama pequena e tímida, queimando lentamente no topo do pavio de uma vela. Seu fogo ainda azulado parece inerte. Com o passar do tempo esta pequena chama passa a conhecer melhor sua casa, seu lar, e começa a explorá-lo. Quanto mais a pequena chama azul se atreve a descer pelos caminhos tortuosos do pavio, mais ela o consome.

Aos poucos a pequena chama azul vai crescendo, aumentando sua intensidade. Sua luz agora não é mais cristalina, e sim um borrão amarelo que serpenteia, dança maliciosamente de acordo com o balançar de sua própria chama, com a morte lenta e dolorosa do que uma vez foi seu lar, o pavio.

Em determinado momento, o pavio, suplicando por piedade, no auge de sua perdição, adquire um reforço, uma proteção... a cera da vela. Mas para seu desespero, a cera de nada adianta. A pequena chama azul se transformou em um monstro vermelho, disforme, faminto por mais pavio, faminto por novos horizontes. Esta nova chama intensifica sua luz, faz dela mesma seu próprio sol, seu próprio dia.

Mas todo dia tem seu crepúsculo. O pavio chega ao fim, assim como a cera que o envolvia. A grandiosa chama vermelha, intensa e luminosa, começa a perder sua força, e à medida que se debate para se manter viva, sua luz vai diminuindo. A pequena luz não voltou a ser azul. Continua vermelha... vermelha de fúria, vermelha de ódio. O pavio acaba. A chama se apaga. Toda a luz que antes existia, agora é somente escuridão.

Esta chama um dia foi minha alma. E o sol que raiava dentro de mim já se pôs. Já é noite dentro de mim... e esta noite... não tem amanhecer.

domingo, 2 de maio de 2010

Dia e Noite [Parte 2] (02/05/2010)

O mau não tem cheiro, não tem cor, não tem forma, não tem expressão... pois ele se expressa através de nós. O mau... havia entrado dentro de mim, se tornado parte de mim.


A partir daquele dia eu não fui mais o mesmo...

Após tirar sua mão esquerda do meu alcance, levando consigo aquela estranha criatura amorfa, eu ainda sentia sua presença. Passei a ver as coisas diferentes, de ângulos diferentes. Eu não era mais o mesmo. Isto... eu posso afirmar.

Em toda sua grandeza, meu Pai não percebera de imediato o quanto eu havia mudado. Ele só veio a perceber mais tarde... e já era tarde demais.

Um dos novos sentimentos que experimentei foi a solidão. A presença Dele não era mais suficiente para suprir meus anseios. Eu queria descobrir coisas novas. Talvez Ele tenha lido minha mente, talvez apenas tentado compensar a solidão que emanava de meus olhos como chamas, mas tudo que me lembro foi que em um belo momento da eternidade, Deus criou meus semelhantes. Sim, semelhantes, pois a única perfeição angelical era propriedade minha, só minha, do primogênito dos anjos. Eu era o primeiro, o mais belo, o mais perfeito.

E lá se foram, gerações e gerações de anjos, todos feitos à Sua imagem e semelhança, como eu, mas também assim como eu, dotado de asas... reluzentes asas claras e puras, como uma vez as minhas já foram. Mas isso era passado. Meu novo nome passou a ser Lúcifer. Era como meus irmãos me chamavam, o "portador da luz".

Um novo líder havia emergido nos céus, demarcado seu território, delineado suas fronteiras e adquirido seus próprios seguidores. Lúcifer, o príncipe regente da Cidade de Prata.

Sim, para a maioria esmagadora dos anjos eu era seu líder, seu tutor, seu professor, e porque não, seu próprio Deus presente, uma vez que Ele, era (e é até hoje), um Deus ausente. A ambição e a cobiça fervilhavam dentro de mim. Entretanto, quem é vivo sempre aparece, e meu Pai desceu de seu refúgio divino, dos confins da eternidade, e pairou sobre a cidade dos anjos, a Cidade de Prata.

Sua presença abalou as estruturas da cidade. Sua voz, inconfundível, apenas deu um recado. Não um recado comum, mas um aviso, um aviso direcionado a mim. O aviso era simples.

- Samael, meu filho - disse Deus, e sua voz ecoou como rajadas de ventos pelos quatro cantos da cidade. - Suas atitudes recentes chamaram minha atenção. Onde estão seus princípios filho? Onde está toda a sabedoria que lhe passei quando ainda era mais jovem? Estou desgostoso com você. Não parece ser mais um filho meu. Olhe ao seu redor, e veja, não com seus olhos, mas com sua alma, ou pelo menos a parte dela que ainda quer ver. Veja o caminho pelo qual está seguindo.

Eu me lembro de cada palavra, de cada detalhe. Interpretei aquilo como um desaforo, uma afronta. Mas eu ainda não era destemido o suficiente para enfrentá-lo. Era jovem demais, e todo aquele que ainda é jovem demais, teme seu pai.

- Samael, meu primogênito. Só há um meio de recuperar sua pureza. Você deve abandonar tudo que conquistou, abrir mão de tudo que adquiriu, inclusive de sua liderança. Pois só existe um Deus... e ele NÃO é você...

Todos os demais anjos permaneceram calados, envolvidos pela sombra do silêncio. Menos eu. Eu gritava por dentro... gritava de medo... gritava de desespero... gritava de ÓDIO!

Pela primeira vez eu senti o gosto amargo da vergonha escorrer dentre meus lábios translúcidos. Mas algo dentro de mim crescia fora de meu controle, e queria vingança!

Até hoje eu me pergunto. Se Ele é realmente onisciente, por quê não havia previsto que tudo aquilo aconteceria, e mudara o rumo das coisas antes de acontecerem? Se Ele é realmente onipresente, por quê não me dera o recado em meu coração, ao invés de me fazer sentir vergonha diante de meus irmãos? Se Ele é realmente onipotente, por quê simplesmente não mudou tudo ao seu bel prazer, ao invés de pedir pela mudança?

Tudo que sei é que uma única gota d'água é capaz de transbordar o copo. E a minha gota... já havia pingado.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dia e Noite [Parte 1] (29/04/2010)

Bom dia pecador...


Ontem foi o dia da sogra. E sim, aqui no inferno também foi, mas... ainda bem que eu não tenho uma, afinal, Deusão me criou do nada. Na verdade, segundo ele, apenas de sua bondade. Entretanto, isso me fez refletir e chegar a algumas conclusões hoje pela manhã.

Tudo na vida, seja ela terrena ou não, há um lado bom e um lado ruim. Acreditem em mim, o Barbudão lá em cima já teve (e ainda suspeito que tenha) seu lado mau.

Lembro-me muito bem quando nasci. A primeira coisa que eu vi foi uma luz muito forte, fazendo com que eu mal conseguisse enxergar onde eu estava. Segundos depois fui me acostumando com o mundo ao qual eu fora inserido, e pude observar e sentir a grossa palma da mão de Deus, sobre a qual eu despertara. Tudo era muito claro, de uma branquidão celestial de encher os olhos.

Fui a primeira criação do meu Pai, e a mais perfeita, à modéstia parte. Éramos só nós dois na eternidade. Em um belo momento (ainda não existia dia, nem nenhuma delimitação temporal) decidi explorar a imensidão que nos rodeava. Lembro que ainda era jovem quando bati minhas asas e me projetei para fora da grande palma da mão direita de meu Pai. Minha memória não falha. Contornei o corpo de meu Criador até alcançar a outra extremidade de seu corpo. Sua mão esquerda. E lá, para minha grande surpresa, deparei-me com algo que nunca esqueci, pois me trouxe novos sentimentos e novas concepções sobre tudo que eu já conhecia e viria a conhecer. Era uma sombra negra, um corpo sombrio e rastejante, que se debatia e relutava contra a força esmagadora dos dedos de Deus, que o comprimiam e limitavam seu espaço assim como uma gaiola prende um pássaro.

Ao mesmo tempo que senti pena daquela criatura, daquela forma errante e aparentemente inofensiva, sorri. Mas não foi um sorriso comum, foi um sorriso malicioso, jocoso e cruel. Pela primeira vez eu havia sentido um sentimento tão grandioso. De certa forma, eu sentira prazer em observar aquele ser sentir dor e agonizar preso dentro dos dedos do meu Pai.

Vendo que eu tinha alcançado um lugar inapropriado para mim (como diria Deus mais tarde), meu Pai levantou sua mão esquerda para longe de meu alcançe, e em um tom de voz ao mesmo tempo zeloso e irritado, me disse que eu não deveria estar ali, que fora um erro meu sair de onde Ele tinha me colocado.

Agora eu me pergunto. Que culpa teria eu de utilizar minha própria capacidade e minha própria necessidade de conhecer e explorar, que por sinal, ele mesmo havia concedido a mim ao me criar? É proibir de abrir os olhos aquele que acabou de nascer. Ou seja, eu tinha tudo... tinha a ele, a eternidade, e a juventude, mas não podia usufruir de nada, apenas ficar sentadinho em sua mão, esperando a próxima ordem...

Mas o que nem eu (naquela época) e nem a onisciência do Todo Poderoso percebemos de imediato foi que meu contato com aquela criatura sombria e disforme havia me afetado... profundamente...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Internet do capeta! (27/04/2010)

Maravilha!


Tudo funcionando na mais perfeita desordem. Bastou eu ameaçar arrastar as almas dos desenvolvedores e técnicos do Formspring.me, que o botão "more" voltou a funcionar. Menos um problema pendente.

Como se não bastasse a alegria de poder voltar a responder as perguntas dos meus endiabrados pecadores, resolvi fazer uma reunião com a Equipe de Marketing aqui do inferno. Joguei duro com eles. O design do blog estava muito bonitinho, até parecia que um anjinho tinha ido lá e feito o site. NÃO!!! Quero algo abrasador, quente, endiabrado, herético, e por que não, diabólico!!!

Começamos com alguns testes de cabeçalho, mas em breve creio que teremos bons resultados.

De pecado em pecado que o bom homem vem pro Inferno. Portanto, nada de apressar as coisas.

Abraços abrasivos!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Dia D ser besta (21/04/2010)

Hoje acordei de mau homor novamente (considere isto algo positivo).


Estava tudo na mais perfeita desordem. Enquanto os europeus se desdobram para acabar de vez com o caos aéreo (gerando mais caos), no Brasil, os mineiros mergulharam na cachaça (comemorando o dia de Tiradentes) e caíram de boca na gula (comida de buteco).

Mas o melhor estava reservado para mais tarde, na verdade, tinha até hora marcada. No Rio de Janeiro um evento de trincar os chifres estava marcado para começar às 16hrs. É o "Dia D"!

Dia D orar, Dia D chorar, Dia D cantar, Dia D louvar, e principalmente, Dia D encher mais o bolso dos pastores. Ô vidinha sofrida deste povo de Deus. Reza reza reza, paga paga paga, e depois morre tudo em uma enchente ou deslizamento.

Adorei o evento. Não a parte em que o rebanho ficou lá adorando o Barbudão, mas sim a parte da arrecadação. Estou quase convencido que fui eu quem fundei a Universal e não estou me lembrando. Esta idéia de "Dia D" foi diabolicamente divina.

Abraços abrasivos!


domingo, 18 de abril de 2010

O choro do Papa (18/04/2010)

Após um cansativo dia de trabalho (sim, domingo é dia em que os humanos mais pecam! acredite em mim, eu não minto) gerenciando os lotes de almas que chegaram pela manhã aqui no inferno, ainda tive que analisar toda a vida de Lady Laura. Pois é, se ela vem ou não aqui pra baixo, ainda está em discussão. Mas, são tantas as emoções que consegui convencer Deusão a aumentar o prazo para eu terminar minha tese (condenação sumária).


Entretanto, mesmo com todos estes afazeres, não pude deixar de acompanhar o Papa em sua visita a Malta.

Tadim dele, tá chorando agora...

Assisti de camarote o "choro sofrido" do Papa Bento XVI, lá em Malta, enquanto escutava as maltratadas vítimas. E digo a vocês, cada vez mais eu sou levado a acreditar que de Santa a Igreja não tem nada. Se tirarmos o "n" do santa e colocarmos no final da palavra ficaria mais adequado.

Aposto três almas humanas que o choro dele não foi de dó, nem tristeza, nem arrependimento, mas sim de desespero. Cada vez mais o barco da Igreja se afunda no mar de escândalos que escondeu durante os tempos.

O revoltante é que se o Poderosão, o sabe-tudo lá de cima, me conferiu indiretamente a função de "cuidar carinhosamente" da humanidade, uma vez que o Onidormente só fica alisando aquela barba branca, por quê deixar a Igreja Católica fazer isso que faz e que não cansa de fazer ao longo dos séculos? Será que até o Inferno tem concorrência?

Agora sim, vai lá... o Papa chorar no leite derramado. Após Bento XVI ser encimado pela Igreja Católica Apostólica Romana como o novo Papa, fizeram de conta que se esqueceram que ele e sua trupi já encimaram várias crianças ao longo da história.

Dizem que o Papa adora comer papinha pela manhã. Vai saber se é verdade.

Abraços abrasivos fiéis pecadores!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Bertone Bestone (14/04/2010)

Hoje acordei diabolicamente inspirado com a repercussão de toda a polêmica sobre pedofilia que ronda os muros de hipocrisia da Igreja Católica.


Bem, não posso começar minhas anotações diárias sem citar a celebridade da semana: cardeal Tarcisio Bertone, carinhosamente apelidado por mim de Bestone.

Antes de tudo, porém, volto a afirmar que toda esta safadeza não é culpa direta minha. Pelo contrário. A falta de caráter, falta de personalidade, e todo o conjunto de distúrbios psíquicos do homem estão enraizados em sua própria alma, em seu próprio ser. A diferença é que alguns de vocês conseguem manter estas "anomalias" sob controle, fazendo com que a razão fique sempre acima do instinto. Mas, estas pessoas são as exceções. O mundo é uma perdição desde seu início. Muito antes da eva apreciar a serpente ou de Caim mandar seu irmão pro inferno. E é neste mundão de Papai que eu mostro todo meu potencial, canalizando tudo de ruim que a alma humana tem a oferecer.

Mas, retomando o foco... a declaração de Bestone foi uma obra prima. O endiabrado foi tentar limpar a barra da Igreja, e acabaou cagando mais ainda nas cuecas do Papa, que por sinal, é outro que já tem sua vaga especial aqui no Inferno. Leiam vocês mesmos o que a besta disse:

"Muitos psicólogos, muitos psiquiatras, demonstraram que não há relação entre celibato e pedofilia, mas muitos outros comprovaram, e me disseram recentemente, que há relação entre a homossexualidade e a pedofilia. Isto é verdade, este é o problema", blasfemou Bertone em uma coletiva de imprensa em Santiago.

Nunca imaginei que ele tinha prestado tanta atenção nas minhas aulas de "Prática Caótica". Parece que aprendeu direitinho. Aprendeu tão bem que vou até deixar que ele viva mais um pouco para causar mais confusão aí na superfície. Depois, quando eu cansar, ou quando cansarem dele aí em cima, rapidim ele chega aqui embaixo.

Depois desta, se o mundo não acabar em 2012, pelo menos a Igreja acaba... assim espero.

Abraços abrasivos!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Atchim!!! Atché!!!! (12/04/2010)

Não poderia ter sido melhor. Consegui unir o útil ao agradável... Gripe Suína somada à multidões tomadas pelo desejo de pecar, de liberar seus instintos mais profanos e se aproveitar ao máximo do próximo. Foi perfeito. Como o diabo gosta!


Tudo bem, eu confesso, não fui eu que criei o vírus da gripe suína... nem da gripe comum, nem de gripe nenhuma. A não ser que um dia apareça por aí a Gripe do Capeta. Mas... isto não significa que esta pandemia não teve um pouquinho dos meus retoques diabólicos. Claro, como sempre, eu nunca faço mal a ninguém (santo capeta?), apenas manipulo as circunstâncias ao meu favor.

A verdade é que, se Deusão não cuida da humanidade, eu cuido! Sei lá o que o Sabidão anda fazendo, mas parece que não está tendo muito tempo para cuidar do seu quintal. Então, que nascam as ervas daninhas. E desta vez eu sou o jardineiro, e não Jesus, aquele raquítico.

Bom, fato é que eu e minhas centenas de diabinhas e diabinhos aproveitamos intensamente cada segundo daquele antro de pecados. O tal do Axé Brasil trouxe bons frutos. Conseguimos desvirtuar muitas almas puras (até antes do evento), direcionar para o caminho certo algumas almas inquietas e inseguras, as famosas "em cima do muro" (estas são as mais fáceis, é só derrubar)... e também, claro, não nos esquecemos dos já condenados pecadores... fiéis seguidores do meu estilo de vida. Peque hoje para poder pecar mais amanhã.

No final de tudo, mais uma vez tivemos um misto de vários pecados capitais. Pessoas bebendo mais do que aguentavam (gula), se entregando a diversos homens ou diversas mulheres (luxúria), ou até a ambos (há gosto para tudo nesta terra de Deus). Observei também pessoas vendendo produtos ilegais, lucrando com a desgraça alheia (avareza)...  enfim. Não vou listar todos os atos pecaminosos que presenciei e instiguei neste evento do cão, pois são tantos que eu escreveria uma bíblia só com eles...

Obs: lembrar de verificar a possibilidade de criar uma bíblia minha. Nome ainda a elaborar.

Mas o melhor de tudo, não foi me aproveitar da fraqueza da carne humana, mas sim observar os efeitos colaterais da festança. Foi espirro pra tudo quanto é lado. Acho que consegui compensar toda esta onda de vacinação que teve por aí a fora. Achei que os boatos que eu tinha espalhado pela internet, claro, contra o uso da nova vacina, tivesse surtido efeito (mesmo que menor do que o esperado), mas acabei concluindo que assim é mais fácil...

...Deixar que vocês mesmos escrevam o próprio fim da humanidade. Prometo só fazer uma revisão prévia com direito a alguns retoques.

Abraços abrasivos e boa gripe!

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Se no Rio subiu a maré, hoje eu vou é pro Axé! Sequere me! (09/04/2010)

Muito bom! Adoro a humanidade. Mal passou um feriado santo, no qual até calejaram os joelhos de tanto rezar, e agora vem o Axé Brasil, uma fornalha de pecados.


Não só no Brasil que isso acontece. O mundo todo aí em cima é assim. Um dia se reza, no outro se peca. Isto quando não acontece tudo em um dia só. Sinceramente? Eu admiro vocês seres humanos. Nunca vi uma criatura tão fácil de ser manipulada. Não é atoa que o paizão vos chama de ovelhas, cordeiros... só sabem seguir mesmo. O bom é que muitas vezes eu consigo com que me sigam, ao invés do Barbudão lá. E é a melhor parte da brincadeira.

Bom... hoje o trabalho no Inferno foi em ritmo de feriado. Deixei todos trabalharem só meio turno, pois à noite, estariam todos liberados para se endiabrar no ritmo do axé. Não que o axé em si seja diabólico, não... se fosse para eu atribuir algum ritmo à minha personalidade, escolheria outro mais condizente. O axé é apenas um meio para eu aumentar a minha influência e garantir lucros futuros.

Bom, a primeira Caravana do Diabo acabou de sair, daqui alguns segundos já estarão todos a postos no evento, esperando a chegada de seus companheiros de noitada. Eu, particularmente, prefiro esperar um pouco e deixar a casa em ordem antes de sair. Prefiro chegar quando tudo já estiver pegando fogo.

Eu só não sei como Deusão não vê toda esta perdição e não toma uma atitude enérgica. Estou suspeitando que ele esteja de catarata.

Depois, quando eu voltar da farra, dou mais notícias sobre minha empreitada. Abraços abrasivos!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Rio é Rio ou é Lagoa? (07/04/2010)

Estou indignado...


Como o poderozão, onipotente, onisciente, onipresente.... onitudo.... fez isso comigo? Eu só queria me divertir!

Depois de conseguir provocar o caos na Igreja Católica, iniciar uma possível guerra no sul da Rússia, e fazer uma manutenção de rotina nos conflitos do oriente médio... decidi que eu merecia um descanço. Sabem onde fui parar?

Baile funk do Rio de Janeiro... é famosão aqui no inferno... todas as diabinhas daqui sonham em conseguir subir, se apoiar em algum humano, e dar umas reboladinhas pecaminosas com as batidas do funk. Ô coisa boa... lá o pecado reina. Me sinto no próprio inferno. Consigo olhar para cada ruela e vislumbrar um misto de todos os pecados capitais circulando nas mentes de cada habitante. Claro... lá também tem as pessoas boazinhas, que gostam do paizão, veneram ele e tal. Mas para estes heréticos, eu já tenho planos quentes.

Bem, acontece que lá estava eu, em mais uma noite de pura luxúria, no embalo das batidas quentes, apreciando cada movimento sedutor das humanas, e registrando mentalmente quais seriam possuídas por mim naquela noite “divina”.

Bom, como sempre, os pais gostam de intervir na nossa diversão, e comigo não foi diferente... quando eu estava quase seduzindo algumas moças, a fim de lhes passar o tridente, tudo ficou branco, e quando pensei que estava apalpando algumas nádegas femininas, me deparei apalpando a longa barba branca do chatão lá de cima.

- Porra! Que inferno! Que que você quer desta vez? – gritei, puxando com força alguns fiapos daquela barba branca. Cheia de pontas duplas por sinal. Aposto que o vovozão aqui faz tempo que não dá um trato.

- Filho filho, – disse Deus ajeitando sua cabeleira. Tenho para mim que Deus peca na vaidade - Não é porque te bani dos céus que deixarei que faça seu inferno na terra. – me respondeu o velho pelancudo.

- Eu estou fazendo o inferno na terra? Quem dera... quando cheguei lá já era assim, eu só dou suporte. – debochei, enquanto alisava meu cavanhaque e sorria mostrando os dentes afiados.

- Conheço-te muito bem. Não vou gastar meu tempo discutindo com você. Não quero mais que influencie os humanos que habitam aquele belo lugar. E ponto final.

- Belo lugar – pensei – acho que ele nunca passou um dia naquele caos (leia-se paraiso).

- Eu escutei! – exclamou o idoso – Esqueceu quem sou eu?

Deu para ver um sorriso de deboche naquele rosto desbotado. Ô velho chato.

- Tudo bem.. tudo bem, me devolve agora ok? Tenho algumas gatinhas para catequizar. Se é que me entende.

- Te devolvo... claro. Mas quero ver aproveitar algo lá agora.

- “Quero ver aproveitar algo lá agora” – repeti com ar de deboche.

- Vai lá chifrudo! - gritou o velhote.

Mas antes que eu pudesse retrucar aquela ousadia, e dizer umas poucas e boas a ele, estava eu de volta, no topo do Pão de Açúcar. Bem, confesso que fiquei bastante surpreso. Primeira vez que o vi o rio tão cheio. Tava tudo encharcado e alagado! Assim não dá. Vai rolar um funk onde agora? Debaixo d'água?

Já era minha diversão de hoje.
Eu, particularmente, mudaria o nome de Rio para Lagoa...

Abraços Abrasivos!

domingo, 4 de abril de 2010

Ressaca... só na Páscoa... (04/04/2010)

É... estes três dias intensos de festas foram de abrasar. Nem deu tempo de dedicar alguns minutos de meu tempo para contar-lhes as novidades. Mas, nem aqui no inferno temos finais felizes. Hoje é Páscoa, e nada como a Páscoa para curar a ressaca pecaminosa com mais pecados. Já fiz algumas encomendas de homens bombas para enviar pro sul da Rússia... alguns lotes de papinhas para o Papa e seus Bispos... MAS... isto é uma outra história, que pretendo contar mais calorosamente depois.


Bom, começamos nossa festança no 1º de abril, dia da mentira! Nossa listas de "pecadores potenciais" tiveram um aumento de 12% em relação à mesma data do ano passado. Até parece que fiz um pacto com o diabo para lucrar tanto. Superamos nossas expectativas. Não só eu, mas o inferno inteiro comemorou o quanto a humanidade mentiu, e por sinal, adorou mentir.

Creio eu que papai, ao fazer o homem, errou a mão... sei lá, adicionou tempero demais, ou deixou desandar. Só sei que enquanto para ele foi uma decepção, para mim saiu melhor que a encomenda. Demônios me mordam!

Bem, voltando à vaca quente (nada aqui no inferno é frio... contentem-se), comemoramos em alto estilo. Foi um carnaval dos infernos. Tivemos a estréia de uma nova escola de samba este ano, a Unidos do Tridente, que por sinal, não fez feio, e incendiou a passarela com estilo. Mas... como era de se esperar, os Cavaleiros do Apocalipse venceram mais uma vez. O enredo (O Apocalipse), apesar de meio batido, foi muito bem explorado... desta vez tivemos almas de verdade nas fornalhas!!

Bom, no segundo dia deste caloroso mês, rebatemos com fartas ceias (com muita carne vermelha e nenhum peixe) para os gulosos, e muitas orgias para os esquentadinhos libidinosos. Referente à segunda parte da diversão, particularmente, preferi a sobre a mesa. Ah sim... enquanto nos esbaldávamos em pecados aqui no inferno, nossas listas não paravam de ser preenchidas com o nome daqueles que não hesitaram em comer uma carninha na "sexta-feira santa".

Não que comer carne vermelha na sexta seja um insulto ao poderosão, ou o ato em si, de comer a carne neste dia, seja um pecado... não não, o pecado está muito mais além da simples "cominação celestial", o pecado é muito mais complexo e profundo do que uma simples ordem ou crença. O pecado real está no coração do homem.

É triste, para vocês claro, mas é a verdade.

Bem, no sábado, continuamos em ritmo de festa. Todos os outros pecados capitais foram relembrados e bem aplicados durante o dia quente que se passou. Entretanto, ao anoitecer, os diabinhos foram perdendo o pique, e com a páscoa chegando, a maioria perdeu o ânimo de continuar a libidinagem. Nada é perfeito não é? hein Paizão?

Não sei porque, mas tenho uma impressão de que a humanidade está perdendo a vontade de se confraternizar, estão mais frios e menos preocupados com o próximo. Ótimo para os negócios! Assim que o diabo gosta...

Abraços abrasivos nesta Páscoa... abusem do chocolate e comam bastante!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Ele é o cão! (31/03/2010)

Boa tarde pecador...


Hoje estou de mau humor (considere isto algo agradável). Ganhei um presente da Lili...
Acho que ela deve ter ficado com a consciência pesada de tanto falar ontem... com a língua doendo, com calo.... vai saber...
Bem, o fato é que ganhei um cachorro... "eita bixim arretado sô!"... vai ser bravo assim lá no inferno. Puxou o dono. Gostei dele... só não decidi ainda qual será o nome do maldito. Já pensei em vários... 

Chupa-cabra... Coisa ruim... Capetinha... Xurume... Brasinha... Paulo... Cabrunco... Caramunhão... Foguinho...

Mas são tantos nomes que acho que vou demorar um pouco para nomear meu mais novo seguidor... seguidor... antes fosse... mal soltei ele da coleira, e o endiabrado já saiu fazendo travessuras pela cidade... até perdi ele de vista... te contar viu... "é a cara do pai"... adora fazer coisa errada... me faz trincar os chifres de alegria.
Se acaso encontrarem ele aí na superfície... já aviso-lhes... não rezem ou invoquem o nome do Paizão... ele odeia... vira o cão chupando manga.... e nem adianta me chamar pra acalmar a fera... o máximo que farei vai ser aguardar sua alma chegar aqui na recepção "inteira".

Bem... fora esta grande surpresa... tenho outra maior ainda.... estamos em ritmo de festa! Como o diabo gosta!
Amanhã é 1º de Abril, dia da mentira, data esta em que a nossa lista de "pecadores potenciais" multiplica de tamanho... isto mesmo. Vocês humanos adoram usar esta data como pretexto para pecar ainda mais, aprontar traquinagens e ir contra os ensinamentos do Papai. E é por isso que aqui embaixo é dia de comemorar...
Não pense que o cara lá de cima vai te perdoar apenas por ser "o dia da mentira", ou que você fizera tudo na brincadeira... afinal, de boas intenções o inferno está cheio.

Abraços abrasivos e boas festas, digo... aproveitem para mentir bastante amanhã!

terça-feira, 30 de março de 2010

Papo Cabeça (ou de perdê-la) (30/03/2010)

É... as coisas andam esquentando... não só aí na superfície, mas aqui embaixo também.


Hoje pela manhã tive um famoso "vamos discutir a relação" com uma das minhas esposas.... aliás, com a mais possessiva delas... Lillith.

Lili... ah lili... se abrires a boca de novo te boto para dormir...

Não sei se isso é defeito do ser humano do sexo feminino (afinal, Lillith era uma mulher antes de ser corrompida por mim... em todos os sentidos claro), mas a bichinha fala demais!!!!  Assim nem o diabo aguenta.

Tudo bem, eu confesso... parte da culpa é minha... quem mandou ter dezenas de esposas... mas fazer o que se meu sobrenome é luxúria. Entretanto, eu queria dezenas de esposas, e não dezenas de dores de cabeça.

Obs: lembrar de conferir se quem inventou o Tylenol já está conosco aqui embaixo. Se não estiver, expedir um mandado de busca e queimação.

Como se não bastassem as duas horas perdidas ontem (tendo que escutar todo o papo furado do doidão do Adolfinho), hoje, infelizmente, enquanto eu checava alguns lotes de almas, dei de cara (mais propriamente de barriga) com o "grande" Napoleão Bonaparte. Foi doloroso para meu pescoço relembrar momentos históricos narrados por aquele pequeno ser. O que lhe falta em tamanho lhe sobra no ego. Bem, consegui despistar a figurinha antes que minhas costas doessem de tanto olhar para baixo. Mas fazer o que, é o preço que se paga por ser tão popular e tentador. O céu vai acabar vazio se vocês pecadores continuarem neste ritmo aí em cima.

Bom, vou tirar o resto do dia para descansar e assistir um pouco de TV... faz tempo que não paro para ver um pouco do inferno por trás das telas. Como a humanidade é criativa...


Abraços abrasivos!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Acordando com o tridente virado... (29/03/2010)

Tive muito a fazer hoje... começei por organizar alguns documentos, relatórios e requerimentos para desorganizar mais ainda a burocracia nossa de cada dia.... ai ai... adoro burocracia... acho que foi uma das melhores coisas que criei... é tão eficiente que praticamnte toda a humanidade se utiliza dela.


Logo depois, fiz um breve intervalo, e aproveitei para apreciar a queda de algumas almas que chegaram hoje pela manhã. É relaxante observar como elas se lamentam e agonizam ao chegar aqui e receber as boas vindas da minha equipe de recepção.

Bem, não pude demorar muito... voltei para meu escritório, li por alto os jornais do dia, tanto os terrenos quanto os celestiais... afinal, conhecer bem o inimigo é uma das melhores estratégias. Após coordenar e concluir algumas tarefas juntamente com meus agentes administrativos, fui chamado pela equipe de marketing aqui do Inferno.

Problemas....

Um dos nossos meios mais recentes de comunicação com a humanidade (formspring.me) deu pane. Legal... o botão "more" não funciona. Se não arrumarem isto logo, acho que teremos almas extras chegando ao inferno no final de semana. Bem, eu, pessoalmente, vinha utilizando esta simples página de recados para responder as mais variadas perguntas de alguns pecadores curiosos, e, sinceramente, estava até gostando.

E para não perder clientela, implementei um novo "plano de metas"... minha equipe vai ter que passar resposta por resposta aqui para o blog...

Bem... vou parando por aqui hoje... agendei um encontro com Hitler daqui alguns minutos... coitado... acho que ficou doido, ainda acha que está na Europa, e quer me mostrar sua nova estratégia de guerra... ai ai...

Abraços abrasivos!