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Rio é Rio ou é Lagoa?

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Rio é Rio ou é Lagoa? (07/04/2010)

Estou indignado...


Como o poderozão, onipotente, onisciente, onipresente.... onitudo.... fez isso comigo? Eu só queria me divertir!

Depois de conseguir provocar o caos na Igreja Católica, iniciar uma possível guerra no sul da Rússia, e fazer uma manutenção de rotina nos conflitos do oriente médio... decidi que eu merecia um descanço. Sabem onde fui parar?

Baile funk do Rio de Janeiro... é famosão aqui no inferno... todas as diabinhas daqui sonham em conseguir subir, se apoiar em algum humano, e dar umas reboladinhas pecaminosas com as batidas do funk. Ô coisa boa... lá o pecado reina. Me sinto no próprio inferno. Consigo olhar para cada ruela e vislumbrar um misto de todos os pecados capitais circulando nas mentes de cada habitante. Claro... lá também tem as pessoas boazinhas, que gostam do paizão, veneram ele e tal. Mas para estes heréticos, eu já tenho planos quentes.

Bem, acontece que lá estava eu, em mais uma noite de pura luxúria, no embalo das batidas quentes, apreciando cada movimento sedutor das humanas, e registrando mentalmente quais seriam possuídas por mim naquela noite “divina”.

Bom, como sempre, os pais gostam de intervir na nossa diversão, e comigo não foi diferente... quando eu estava quase seduzindo algumas moças, a fim de lhes passar o tridente, tudo ficou branco, e quando pensei que estava apalpando algumas nádegas femininas, me deparei apalpando a longa barba branca do chatão lá de cima.

- Porra! Que inferno! Que que você quer desta vez? – gritei, puxando com força alguns fiapos daquela barba branca. Cheia de pontas duplas por sinal. Aposto que o vovozão aqui faz tempo que não dá um trato.

- Filho filho, – disse Deus ajeitando sua cabeleira. Tenho para mim que Deus peca na vaidade - Não é porque te bani dos céus que deixarei que faça seu inferno na terra. – me respondeu o velho pelancudo.

- Eu estou fazendo o inferno na terra? Quem dera... quando cheguei lá já era assim, eu só dou suporte. – debochei, enquanto alisava meu cavanhaque e sorria mostrando os dentes afiados.

- Conheço-te muito bem. Não vou gastar meu tempo discutindo com você. Não quero mais que influencie os humanos que habitam aquele belo lugar. E ponto final.

- Belo lugar – pensei – acho que ele nunca passou um dia naquele caos (leia-se paraiso).

- Eu escutei! – exclamou o idoso – Esqueceu quem sou eu?

Deu para ver um sorriso de deboche naquele rosto desbotado. Ô velho chato.

- Tudo bem.. tudo bem, me devolve agora ok? Tenho algumas gatinhas para catequizar. Se é que me entende.

- Te devolvo... claro. Mas quero ver aproveitar algo lá agora.

- “Quero ver aproveitar algo lá agora” – repeti com ar de deboche.

- Vai lá chifrudo! - gritou o velhote.

Mas antes que eu pudesse retrucar aquela ousadia, e dizer umas poucas e boas a ele, estava eu de volta, no topo do Pão de Açúcar. Bem, confesso que fiquei bastante surpreso. Primeira vez que o vi o rio tão cheio. Tava tudo encharcado e alagado! Assim não dá. Vai rolar um funk onde agora? Debaixo d'água?

Já era minha diversão de hoje.
Eu, particularmente, mudaria o nome de Rio para Lagoa...

Abraços Abrasivos!

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